Cardiopatias
em cães e gatos...
A medida em que cães e gatos vão envelhecendo, a
probabilidade de adoecerem do coração aumenta significativamente. Estudos
revelam que 1 em cada 10 animais tornam-se cardiopatas. Nos animais geriátricos ou idosos, a doença do coração pode surgir entre
9 e 11 anos, entretanto, outras cardiopatias poderão também surgir durante a
vida do animal.
Entre as principais doenças
destacam-se nos cães a fibrose da
válvula mitral e a cardiopatia
dilatada congestiva idiopática. Os gatos, diferentemente dos cães,
apresentam principalmente a cardiomiopatia
hipertrófica e o tromboembolismo.
Obrigatoriamente, destacam-se também as parasitoses cardíacas como a dirofilariose,
comum nos cães, infrequente nos gatos e encontrada mormente nos animais que
vivem próximo ao litoral, em todo Brasil.
Para as medidas de prevenção é fundamental consultar um médico veterinário. Normalmente, antes de qualquer viagem para o litoral, o proprietário do animal deve levá-lo ao médico veterinário, o qual deverá indicar fármacos preventivos para serem usados. Por outro lado, os animais que vivem regularmente no litoral, devem sofrer tratamentos preventivos sistemáticos contra estes tipos de parasitoses. Os criadores devem ficar atentos, pois determinadas cardiopatias aparecem em determinadas linhagens de raças e podem se acentuar nos cruzamentos consanguíneos.
Na dúvida, é importante retirar o animal da reprodução até
uma definição do tipo de cardiopatia e assim prevenir a disseminação e
perpetuação da doença para a prole. Existem algumas manifestações em
cães idosos que devem chamar a atenção do proprietário. Por exemplo,
sonolência, canseira ou fadiga, tosse crônica, dificuldade respiratória,
emagrecimento, aumento de volume abdominal e gengiva muito pálida ou arroxeada.
Nos gatos devemos nos atentar principalmente para as
dificuldades respiratórias e as paralisias de membros. Gatos velhos também podem
desenvolver hipertireoidismo e consequentemente cardiomiopatia hipertrófica, entretanto nossa
experiência indica que esta afecção não é tão frequente assim, ou talvez seja
pouco diagnosticada em função do menor número de felinos.
O tratamento de cardiopatias deverá ser sempre de acordo com
a afecção apresentada por cada animal. Conforme a cardiopatia, deveremos ter
uma conduta terapêutica específica, que também dependerá da fase de
insuficiência cardíaca congestiva apresentada.
DOENÇA CONGÊNITA: Afecção desenvolvida durante a gestação;
FIBROSE DA VÁLVULA MITRAL: Processo degenerativo com desenvolvimento de fibrose
dos folhetos valvulares e cordas tendíneas da Válvula Mitral, que produz
insuficiência valvular ou que deixa o sangue refluir para o átrio;
CARDIOMIOPATIA DILATADA CONGESTIVA IDIOPÁTICA: Doença de origem desconhecida que acomete o miocárdio
ou a porção muscular do coração produzindo degeneração, morte celular e perda
da capacidade contráctil do músculo;
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: Afecção cardíaca de origem desconhecida que leva o
ventrículo esquerdo do coração à hipertrofia e impede a distensão da
câmara ventricular e, conseqüentemente, o seu preenchimento adequado com
sangue. Doença muito mais frequente em gatos do que em cães;
TROMBOEMBOLISMO: Formação patológica de trombos (coágulos) que obstruem
os ramos de importantes vasos arteriais dos membros posteriores, produzindo
paralisia do membro acometido. Trata-se de doença cardiovascular comum em
felinos;
DIROFILARIOSE: Doença parasitária
transmitida por determinados tipos de pernilongos que acomete cães e menos
frequentemente gatos. Os animais acometidos poderão apresentar diversos vermes
adultos com mais de 10 cm dentro do coração;
ESTENOSES DAS VÁLVULAS PULMONAR E AÓRTICA: Doença congênita que produz o estreitamento da válvula
e impede a ejeção do sangue para o corpo;
PERSISTÊNCIA DO DUCTO ARTERIOSO: Doença congênita decorrente da não oclusão do ducto
arterioso após o nascimento. Trata-se de uma intercomunicação entre a aorta e a
artéria pulmonar que leva à hipertensão pulmonar;
HIPERTIREOIDISMO: Doença que acomete a glândula tireóide, fazendo com
que ela produza maior quantidade de hormônios, e consequentemente irá produzir
hipertrofia do músculo cardíaco;.
Referências:
Postado por: Ana Paula Casagrande
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