terça-feira, 15 de maio de 2012

Ginecologia e Obstetrícia

Neoplasia Mamaria
Tumores mamários têm percentual de 52% de todos os que afetam fêmeas caninas, em 50% são malignos. A idade em que o tumor se apresenta em sua maioria esta entre oito e dez anos, porem em fêmeas de cinco anos podem surgir tumores malignos.A neoplasia não apresenta predisposição a raças. O surgimento tem como fatores a genética, ambiental e hormonal. O estrógeno e a prolactina são necessários ao crescimento de tumores mamários. A progesterona apresenta ação carcinogênica se estiver em níveis altos e por prolongados períodos, e potente agente co- carcinogênico estimulando o crescimento de tumores de mama causados por vírus e agentes químico. Estrógeno e progesterona estimulam a replicação celular. Em tumores mamários de cães, a proliferação celular é significantemente exacerbada pelo estrógeno e, em menor grau, pela progesterona.Hormônios agem como promotores e não iniciadores no desenvolvimento da neoplasia mamaria. Quando as neoplasias são induzidas por hormônios esteróides, geralmente, tornam-se dependentes de altos níveis desses hormônios para sua multiplicação.
Com relação a fatores nutricionais, o determinante é a obesidade, aos hormônios sexuais a castração até o segundo cio, diminui a incidência. Porem o índice pode variar, dependendo da fase da intervenção cirúrgica, a proteção devida a castração, não tem efeito após dois anos e meio de idade.
Na fêmea canina geralmente apresenta, cinco pares de glândulas mamárias, sido demonstrada a existência de comunicações linfáticas entre a cadeia mamária direita e a cadeia mamária esquerda e entre glândulas adjacentes de uma mesma cadeia, contribuindo para a ocorrência de metástases, o tamanho dos tumores pode variar desde pequenos nódulos com 0,5 cm de diâmetro até tumores com mais de 15 cm no seu maior diâmetro. Em alguns animais, o tumor pode apresentar ulceração cutânea ou sinais evidentes de inflamação.
Ao exame físico, as duas cadeias mamárias e os linfonodos regionais devem ser explorados. As radiografias torácicas são recomendadas para avaliar a existência de metastização, assim como a ultrassonografia abdominal. O diagnóstico definitivo baseia se no resultado histopatológico da biópsia. 

Disponível em: Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n.4, p.731-735. 2000

Postado por Samantha Lais S. Nunes

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